CULTURA – Um Caminho para Mato Grosso do Sul
Delasnieve Miranda Daspet de Souza*
Louvamos tudo o que foi feito até o presente momento pelos diferentes governos de nosso Estado, mas quando viável, o governo tem de seguir as sugestões e orientações da sociedade civil.
Hoje, podemos dizer, que a sociedade civil cultural de MS se encontra organizada e mobilizada. O FESC/MS se encontra em vários municípios e a intenção da Secretaria Executiva é cobrir o Estado, ou como diria o escritor Brigido Ibanhez – “... pode-se dividir o Estado em regiões, levando em consideração as cidades citadas como pólos. Para se dar um toque artístico às regiões, pode-se considerar a região da Grande Dourados como a Região Verde; a região de Corumbá, como a Região Azul; a região do Bolsão, a Região Branca e a região de Coxim até a Capital, a Região Amarela. Teremos, assim, as cores da Bandeira do Estado e consequentemente está se criando uma mensagem que tem subsentido abrangente e federativo da cultura” .
Abraçando o Estado, num grande abraço cultural, estaremos unindo os pontos. Costurando as diferenças. Fechar o cerco. Estes são os objetivos do Fórum Estadual de Cultura, quando se propõe a apresentar um plano estadual de cultura para os candidatos ao governo do Estado. É um pensamento macro. Como não se tem remédio pronto – o ano eleitoral é o portal para a discussão de soluções aos problemas que já se tornaram crônicos.
Temos a intenção de exaurir o Estado sob todos os ângulos... Agora, faremos essa discussão, faremos os planos, criaremos as estratégias, e, no final, no mínimo seremos conhecedores da nossa realidade, e tentaremos reverter o câncer das poucas soluções estratégicas para problemas verdadeiramente antigos.
O FESC/MS vai em busca de uma Agenda Estratégica – a Cultura que queremos para o Mato Grosso do Sul , e, para isso, estamos atacando em várias frentes:
1.
No mês de março pp, na reunião mensal do FESC/MS, que se realiza na Escola Mace,
Lembremos que no corpo de nossa entidade estão contemplados todos os segmentos culturais do Estado: teatro, dança, música, literatura, artes plásticas, artesanato, .....
2.
Na reunião de abril – estamos(estaremos ) em Dourados para a primeira grande reunião do interior do FESC/MS – é(será ) o desafio de sair da teoria para a prática.
Em Dourados daremos continuidade ao projeto Agenda Estratégica para a Cultura que Queremos para MS, e se fazem presente todos os segmentos culturais, os que fazem cultura, os que vivem da cultura, os que apreciam a cultura, os que necessitam da cultura, a população, os estudantes, etc.
De Dourados vamos à na primeira quinzena de maio até Coxim e regiões – que chamamos de região amarela. No final do mês estaremos em Corumbá – a região Azul e até 15 de junho já teremos ido até a região branca – que compreende a região do bolsão.
Queremos cobrir e receber sugestões de todos os municípios, ou pelo menos de regiões, e, a partir das sugestões recebidas idealizar o futuro, mesmo porque, temos pouco tempo para visitar todo o estado desfraldando a bandeira da cultura com a qual nos comprometemos, ou seja, interiorizar as políticas públicas de cultura do Estado; estabelecer um compromisso social com a implantação de um sistema efetivo de boa aplicação dos recursos, e, fomentar o debate, dando voz, vez e voto a quem nunca teve.
Vamos, enfim, fazer com que o Fórum Estadual de Cultura, atenda seus ideais, e venha a interagir com todo o interior através das suas entidades, ou fomentando a organização das mesmas, haja vista que o Fórum se compõe de entidades associadas...
Este é um dos motivos que nos traz aqui – precisamos priorizar a identificação das entidades existentes na região e o fomento para a criação de novas entidades.
Mais uma vez me valho da afirmativa do escritor Brigido IBanhez – “ A sociedade civil organizada se torna a base da construção do institucional de cultura de uma comunidade, haja vista que o produtor de arte se torna quase impotente quando age individualmente; precisará, com certeza, do apoio de uma instituição.
Portanto, a identificação, valorização e organização das entidades que tratam de cultura, são ações fundamentais para que o Fórum cumpra suas finalidades estatutárias com plena democracia, transparência e resultados que contemplem as políticas públicas do Governo; ao mesmo tempo em que essa interação facilita a solução a problemas coletivos, como aposentadorias, ganhos de mercado e outros tantos” .
Em Corumbá estaremos por ocasião da realização do FAS – quando a maioria de nossos associados estarão por lá participando do festival.
Em meados de junho teremos visitado todas as regiões e teremos em mãos as indicações, metas, ações para definir e apresentar os resultados propostos.
No início de julho teremos um DIAGNÓSTICO. Um projeto de soluções e metas para – digamos 2006-2020 – que iremos entregar aos candidatos a Governador.
Muitas coisas poderão e deverão ser desenvolvidas e implementados pelo setor privado, mas, mais da metade, será com o governo, e o governo, quando segue a orientação da sociedade melhora o índice de crescimento, de produtividade, de qualidade de vida, de fazer aflorar a cidadania e a dignidade de seus indivíduos.
Vamos singrar mares já navegados ou não com a mesma forma de ser e estar . Fazem da cultura algo complicado. E não é.
A cultura veio justa e aparentemente civilizar as pessoas que ao fim e ao cabo deram cabo de outras culturas... Sua participação é muito importante.
Estamos nos mobilizando de forma inédita no estado, buscando integrar todas as áreas, em prol da construção de uma reflexão sobre as políticas culturais (pública e privada) e a ação em prol de todos os habitantes da região, visando dar acesso, qualidade e informação sobre os eventos promovidos, bem como instrumentalizar o artista para sua arte e o público, para uma visão crítica e ampliada do que seja Cultura, lazer e participação.
Essa é a tarefa que delegaremos ao futuro governador do Estado de MS.
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