Delasnieve
Miranda Daspet de Souza*
24.07.2006
Louvamos tudo o que foi feito até o
presente momento pelos diferentes governos de nosso Estado, mas quando viável,
o governo tem de seguir as sugestões e
orientações da sociedade civil.
Hoje, podemos dizer, que a sociedade civil cultural de MS
se encontra organizada e mobilizada. O FESC/MS se encontra em vários municípios
e a intenção da Secretaria Executiva é cobrir o Estado, ou como diria o escritor
Brigido Ibanhez – “... pode-se dividir o Estado em regiões, levando em
consideração as cidades citadas como pólos. Para se dar um toque artístico às
regiões, pode-se considerar a região da Grande Dourados como a Região Verde; a
região de Corumbá, como a Região Azul; a região do Bolsão, a Região Branca e a
região de Coxim até a Capital, a Região Amarela. Teremos, assim, as cores da
Bandeira do Estado e consequentemente está se criando uma mensagem que tem
subsentido abrangente e federativo da cultura” .
Abraçando o Estado, num grande abraço cultural, estaremos unindo os pontos. Costurando as diferenças. Fechar o cerco. Estes são os
objetivos do Fórum Estadual de Cultura, quando se propõe a apresentar um plano
estadual de cultura para os candidatos ao governo do Estado. É um
pensamento macro. Como não se tem remédio pronto – o ano eleitoral é o portal
para a discussão de soluções aos problemas que já se tornaram crônicos.
Temos
a intenção de exaurir o Estado sob todos os ângulos... Agora, faremos essa discussão, faremos os planos,
criaremos as estratégias, e, no final, no mínimo seremos conhecedores da nossa realidade,
e tentaremos reverter o câncer das poucas soluções estratégicas para problemas
verdadeiramente antigos.
O
FESC/MS vai em busca de uma Agenda
Estratégica – a Cultura que queremos para o Mato Grosso do Sul , e, para isso,
estamos atacando em várias frentes:
1.
No
mês de março pp, na reunião mensal do FESC/MS, que se realiza na Escola Mace, em Campo Grande , – as
entidades que compõem o Fórum, naquela data: 45,- hoje, mais de 50,
começaram a trazer sugestões para essa iniciativa.
Lembremos
que no corpo de nossa entidade estão contemplados todos os segmentos culturais
do Estado: teatro, dança, música, literatura, artes plásticas, artesanato, .....
2.
Na
reunião de abril – estamos(estaremos ) em Dourados para a primeira grande
reunião do interior do FESC/MS – é(será ) o desafio de sair da teoria para a
prática.
Em
Dourados daremos continuidade ao projeto Agenda Estratégica para a Cultura que
Queremos para MS, e se fazem presente
todos os segmentos culturais, os que fazem cultura, os que vivem da
cultura, os que apreciam a cultura, os que necessitam da cultura, a população,
os estudantes, etc.
De
Dourados vamos à na primeira quinzena de maio até Coxim e regiões – que
chamamos de região amarela. No final do mês estaremos em Corumbá – a região
Azul e até 15 de junho já teremos ido até a região branca – que compreende a
região do bolsão.
Queremos
cobrir e receber sugestões de todos os
municípios, ou pelo menos de regiões, e, a partir das sugestões recebidas idealizar o
futuro, mesmo porque, temos pouco tempo para visitar todo o estado desfraldando a bandeira da cultura com a qual nos comprometemos, ou seja, interiorizar
as políticas públicas de cultura do Estado;
estabelecer um compromisso social com a implantação de um sistema
efetivo de boa aplicação dos recursos, e,
fomentar o debate, dando voz, vez e voto a quem nunca teve.
Vamos,
enfim, fazer com que o Fórum Estadual de Cultura, atenda seus ideais,
e venha a interagir com todo o interior
através das suas entidades, ou fomentando a organização das mesmas, haja vista que o Fórum
se compõe de entidades associadas...
Este
é um dos motivos que nos traz aqui – precisamos priorizar a identificação das entidades
existentes na região e o fomento para a criação de novas entidades.
Mais
uma vez me valho da afirmativa do escritor Brigido IBanhez – “ A sociedade
civil organizada se torna a base da construção do institucional de cultura de
uma comunidade, haja vista que o produtor de arte se torna quase impotente
quando age individualmente; precisará, com certeza, do apoio de uma
instituição.
Portanto,
a identificação, valorização e organização das entidades que tratam de cultura,
são ações fundamentais para que o Fórum cumpra suas finalidades estatutárias
com plena democracia, transparência e resultados que contemplem as políticas
públicas do Governo; ao mesmo tempo em que essa interação facilita a solução a
problemas coletivos, como aposentadorias, ganhos de mercado e outros tantos” .
Em Corumbá estaremos por ocasião da realização do FAS – quando a
maioria de nossos associados estarão por lá participando do festival.
Em meados de junho teremos visitado todas as regiões e
teremos em mãos as indicações, metas, ações para definir e apresentar os resultados propostos.
No início de julho teremos um DIAGNÓSTICO.
Um projeto de soluções e metas para – digamos 2006-2020 – que iremos entregar
aos candidatos a Governador.
Muitas coisas poderão e deverão ser desenvolvidas e implementados pelo setor
privado, mas, mais da metade, será com o
governo, e o governo, quando segue a
orientação da sociedade melhora o índice de
crescimento, de produtividade, de qualidade de vida, de fazer aflorar a
cidadania e a dignidade de seus indivíduos.
Vamos singrar mares já
navegados ou não com a mesma forma de
ser e estar . Fazem da cultura algo complicado. E não é.
A cultura veio justa e aparentemente civilizar as pessoas que ao fim
e ao cabo deram cabo de outras culturas... Sua participação é muito importante.
Estamos
nos mobilizando de forma inédita no
estado, buscando integrar todas as áreas, em prol da construção de uma reflexão
sobre as políticas culturais (pública e privada) e a ação em prol de todos os
habitantes da região, visando dar acesso, qualidade e informação sobre os
eventos promovidos, bem como instrumentalizar o artista para sua arte e o
público, para uma visão crítica e ampliada do que seja Cultura, lazer e
participação.
Essa
é a tarefa que delegaremos ao futuro governador do Estado de MS.
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