terça-feira, 6 de outubro de 2015

II Seminário Estadual de Cultura - FESCMS - 2005


A Secretaria Executiva do Fórum Estadual de Cultura de Mato Grosso do Sul (FESC/MS)
divulgou a programação do II Seminário Estadual de Cultura, que será realizado
neste sábado, dia 26 de novembro DE 2005, no Centro Cultural José Octávio Guizzo, na
capital.

Programação:

08h00 - Abertura solene.
08h30 - Palestra do Vice-Presidente da OAB/MS, Dr. Oton José Nasser de Mello -
Tema: "Cultura, Direito e Cidadania".
09h30 - Balanço da execução das políticas e ações aprovadas no I Seminário Estadual
de Cultura de 2002.
10h30 - Eleição e posse da nova Diretoria Executiva do FESC/MS.

11h30 às 13h00 - Intervalo para almoço

13h00 - Reunião geral para organização dos grupos de debates, com apresentação de
sugestão de roteiro pela Secretaria Executiva.
14h00 - Realização de debates nos grupos (Artes Visuais, Artes Cênicas, Artesanato,
Música, Patrimônio Cultural, Literatura, Cinema - Vídeo e Multimídia, Folclore e
Manifestações Populares).
16h30 - Apresentação e debate final sobre as diretrizes aprovadas nos grupos e
deliberação de novas diretrizes gerais.
17h30/18h00 - Encerramento.

Eleição terá chapa única

Para eleição da nova diretoria concorre apenas uma chapa: "Participação e
Transparência" - com os seguintes candidatos titulares: Delasnieve Miranda Daspet
de Souza (Federação das Academias de Letras e Artes de Mato Grosso do Sul),
Cristina Matogrosso (Grupo Teatral Amador Campo-Grandense - GUTAC), Leslie Cafure
(União Estadual dos Artesãos de Mato Grosso do Sul - UNEARTE), Rimidanw Callepso
(Associação Rimidanw de Arte Solidária Pantaneira - ARASP) e Villie Jr (Cia das
Artes). Na condição de suplentes estão Lana Amaral Nunes de Sá e Benevides
(Fundação Manoel de Barros), Jair de Oliveira (Grupo Teatral Unicórnio), Marta
Mendes (Trabalhos Estudos Zumbi - TEZ), Indiana Marques (Sindicato dos Artesãos de
Mato Grosso do Sul - SINARTE) e Edílson Aspet (Federação de Bandas e Fanfarras de
Mato Grosso do Sul - FEBAFAMS).

Serviço:

Outras informações podem ser obtidas com Sérgio Gonçalves (Secretário Executivo do
FESC/MS) pelo telefone 8418-4112, e com Delasnieve Daspet (Coordenadora da chapa
"Participação e Transparência"), pelo telefone 9616-6127.


Boni Miranda - jornalista
ACS do Fórum Estadual de Cultura - FESC/MS.
CG/MS - 24/11/2005.


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Diretrizes da Política Estadual de Cultura, aprovadas no I Seminário do Fórum Estadual de Cultura de MS, realizado em novembro de 2002.
DIRETRIZES GERAIS

     A Política Estadual de Cultura é um poderoso instrumento de pacto social entre a sociedade e o governo. Portanto, a cultura é compreendida como um fio condutor que deve permear a ação governamental e assim poder dar uma direção, um rumo às ações de todo o governo. Questões centrais como desenvolvimento, sustentabilidade, ética, cidadania, pluralismo e identidade, parceria e divisão de poderes, democratização da ação, comunicação com a sociedade, participação e autonomia, devem estar presentes nas diretrizes centrais e setoriais da cultura, sob pena de sua execução fracassar.

Nesse rumo, propomos que as diretrizes gerais da cultura sejam:

a) valorização das atividades culturais, como força dinâmica da vida social e fator de bem-estar individual e coletivo;

b) inclusão cultural através da popularização das artes e da cultura;

c) integração política de cultura com as políticas públicas de educação, meio-ambiente, turismo, ciência e tecnologia, geração de emprego e renda e de inclusão social, sem perda dos critérios técnicos específicos em cada área;

d) intercâmbio e integração com as universidades brasileiras, visando a intensificação da vida cultural, da pesquisa, da extensão e do ensino;

e) intercâmbio com as cidades do interior do Estado, do Centro Oeste e dos países membros do Mercosul e destas com a capital, num processo crescente de interiorização e de difusão da cultura de Mato Grosso do Sul;

f) preservação da Memória e do Patrimônio Cultural, em parceria com a União, com outros Estados, municípios e com o setor privado;

g) parceria com os Municípios estaduais, visando a recuperação dos bens culturais, de desenvolvimento de ações integradas;

h) priorização da Formação e Preparação Cultural de todos os setores estaduais;

i) incentivo à criação de Conselhos e Fóruns Municipais de Cultura;

j) otimização dos serviços prestados pelas entidades governamentais ligadas à cultura, criando núcleos de atendimento específico para as diversas áreas;

k) estímulo ao intercâmbio nacional e internacional das produções culturais regionais;

l) estímulo à criação de órgãos municipais específicos de cultura, tais como fundações, secretarias, coordenadorias etc;

m) incentivo ao levantamento e à manutenção dos espaços públicos para a cultura;

n) instituição de concursos públicos para projetos de obras físicas, aquisição de trabalhos de arte que ultrapassem os limites estabelecidos pela lei;

o) fomentar discussões para que a Rádio e a TV Educativa efetivamente cumpras seu papel de principais canais de divulgação da cultura regional.
Diretrizes da Política Estadual de Cultura, aprovadas no I Seminário do Fórum Estadual de Cultura de MS, realizado em novembro de 2002.
DIRETRIZES PARA AS ARTES VISUAIS

As artes plásticas em Mato Grosso do Sul manifestam-se em todas as modalidades: pintura, escultura, gravura, desenho, fotografia, multimídia, objetos e instalações, buscando a definição de linguagens próprias ao meio, respeitando a diversidade e a individualidade necessárias à criação artística. As manifestações regionais são, portanto, vitais para a definição de uma política de cultura uma vez que são a expressão de nossa identidade.

A velocidade e o grande número de informações e transformações da arte contemporânea exigem do artista o constante aprimoramento técnico e material para poder dialogar com outros artistas e em outros espaços. Assim, além da abertura de novos espaços de exposição e a conservação dos já existentes, é necessário investir na formação do artista e na divulgação de seu trabalho.

Políticas:

-incentivo à criação e ao fortalecimento das bases representativas das classes artísticas dentro do território Estadual (associações e/ou federações);

-estímulo às ações integradas das artes plásticas com o turismo regional;

-favorecimento do intercâmbio cultural em âmbito nacional e internacional;

-ampliação de projetos que contemplem a inclusão social, cultural e econômica através da arte;

 -investimento na divulgação dos trabalhos regionais em âmbito nacional e internacional através da mídia;

-fomento à pesquisa de resgate, preservação e registro das artes e manifestações culturais das comunidades e etnias que representam o Estado;

-valorização de todas as linguagens das artes visuais;

Ações:

-criar uma rede de oficinas de formação, atualização e requalificação dos profissionais da área;

-definir a Agenda de Projetos Culturais, anualmente; e fazer cumprir os cronogramas;

-elaborar e implementar regimentos internos nas unidades gerenciadas pela FCMS visando sua utilização para os usuários;

-promover exposições itinerantes de artes plásticas visando a integração dos municípios sul-mato-grossenses;

-criar o Portal de Artes Visuais na Fundação de Cultura como estratégias de divulgação e informação da arte regional;

-estabelecer critérios de avaliação para aquisição de obras pelos órgãos públicos.
Diretrizes da Política Estadual de Cultura, aprovadas no I Seminário do Fórum Estadual de Cultura de MS, realizado em novembro de 2002.
DIRETRIZES PARA AS ARTES CÊNICAS

As artes cênicas em Mato Grosso do Sul apresentam consolidados vários grupos de profissionais que tem se voltado para a produção tanto de espetáculos que valorizam dados da cultura regional, como também daqueles que procuram dar a conhecer obras de caráter universal. Teatro, Dança, Circo e outras modalidades integram o corpo e o espaço para a reflexão do público diante do “palco”, inserindo Mato Grosso do Sul no cenário nacional, abrindo novas perspectivas de expressão artística e de diálogo com as demandas da sociedade.

Na definição de novos rumos para a cultura estadual, as artes cênicas visualizam a possibilidade de recriar os seus espaços recuperando suas inerentes relações de educação, cultura e cidadania, sem abdicar da expressão artística e estética, valores e direitos de todos.

Políticas:

-investimento na formação de profissionais das artes cênicas;

-fomento de ações para formação de mão-de-obra para o setor;

-integração da produção de espetáculos às agendas culturais regionais, nacionais e internacionais;

-desenvolvimento de projetos de ação local;

-criação, adaptação e recuperação de espaços cênicos na capital e no interior.

Ações:

-estabelecer convênio com as universidades para formação dos profissionais das artes cênicas;

-criar uma gerência para artes cênicas na FCMS;

-favorecer a atualização profissional através de cursos, oficinas e/ou workshops;

-incentivar o intercâmbio de ações no interior do Estado;

-garantir a realização anual dos festivais regionais das artes cênicas em todas as suas modalidades;











Diretrizes da Política Estadual de Cultura, aprovadas no I Seminário do Fórum Estadual de Cultura de MS, realizado em novembro de 2002.
DIRETRIZES PARA O ARTESANATO

O artesanato vem recebendo nas últimas décadas um valor especial dada sua capacidade de se impor frente à repetição e serialidade do produto industrial. A marca da mão humana imprime-se como um carimbo de autenticação do produto artesanal, como signo da relação natureza/cultura cada vez mais procurada pelo homem contemporâneo.

Em Mato Grosso do Sul busca-se no artesanato não apenas uma das formas de expressão cultural, mas também uma atividade de inclusão social, geração de renda e desenvolvimento regional. A integração de ações para o desenvolvimento da qualidade do produto artesanal, aliando-o a outras atividades como o design, a moda e o turismo por meio da utilização de signos regionais, vem encontrando respostas positivas para o segmento.

Políticas:

- fomento de ações de valorização do produto artesanal;

- fortalecimento das bases representativas da classe existentes;

- investimento na formação de núcleos produtivos/comunidades artesanais;

- recuperação/construção de espaços de comercialização do produto artesanal;

- integração das atividades de turismo e meio ambiente com as artesanais.

Ações:

- criar uma gerência específica para o Artesanato na FCMS;

- mapear a produção artesanal do Estado, para a criação de núcleos ou comunidades de artesãos;

- criar núcleos de artesanato para técnicas específicas;

- promover o intercâmbio e a divulgação de exposições de artesanato no interior do Estado e em feiras estaduais, nacionais e internacionais;

- fomentar ações de qualificação e requalificação dos artesãos através de oficinas, cursos e seminários;

- incentivar a criação de centrais de artesanato para comercialização dos produtos integradas ao trade-turístico e órgãos oficiais de turismo.









Diretrizes da Política Estadual de Cultura, aprovadas no I Seminário do Fórum Estadual de Cultura de MS, realizado em novembro de 2002.
DIRETRIZES PARA A MÚSICA

     Mato Grosso do Sul, por força de sua diversidade cultural, é um grande produtor musical. Desde antes de sua criação, talentos preciosos surgiram, muitos ainda hoje desconhecidos do grande público. É necessário, então, valorizar a música sul-mato-grossense, reconhecendo e resgatando aqueles que construíram nossa história musical e incentivando o surgimento de novos artistas. Também a música de concerto vem ganhando gradativamente mais espaço na vida cultural do Estado, graças a iniciativas isoladas de entidades culturais, escolas de músicas e das duas orquestras existentes. Por diversos motivos, o maior desenvolvimento nessa área ocorre em Campo Grande, onde a concentração de eventos é maior.

     Numa visão de mercado, a música sul-mato-grossense é um forte produto de exportação, principalmente se aliada à crescente indústria do turismo no Estado. Por outro lado, propomos uma ação que ajude a sedimentar de forma definitiva o movimento crescente que vem se delineando no Estado, que tem em nossas raízes uma nova fonte de expressão e que busca meios musicais mais complexos para sua realização. Nessa perspectiva, é preciso que, além de uma forma de expressão da arte, a produção musical em Mato Grosso do Sul seja encarada como instrumento de afirmação cultural, de educação, de inclusão social e de geração de emprego e renda.

Políticas:

- ampliação das oportunidades de fomento à produção musical;

- apoio à criação e à manutenção de mecanismos que viabilizem a distribuição e difusão do produto musical sul-mato-grossense;

-incentivo à criação de meios para a divulgação da musica regional;

-incentivo aos circuitos musicais, possibilitando o contato do artista com o público;

-promoção de intercâmbio musical e profissional com outros estados e países;

- investimentos na qualificação profissional e na educação musical;

-incentivo e promoção de novos valores;

-investimento na formação/profissionalização de músicos, instrumentistas, regentes e compositores/arranjadores;

-fomento à formação de platéias;

-indução de ações de popularização e interiorização da música de concerto;

-incentivos fiscais na aquisição de instrumentos musicais;

-incentivo ao resgate de valores musicais do Estado através da história, da imagem e das ações musicais.



DIRETRIZES PARA A MÚSICA (Continuação)

Ações:

-distribuir CDs de artistas regionais em locais com grande fluxo turístico;

-veicular mídia audiovisual, feita pela TV Educativa, utilizando produtores locais, nos principais pontos turísticos do Estado e do país;

-isentar do ICMS os CDs produzidos no Estado;

-incentivar a criação de rádios comunitárias como instrumentos de difusão da música e da cultura do Estado;

-criar mecanismos de incentivo para as rádios comerciais que incluírem em sua programação a música produzida no Estado;

-produzir campanha publicitária com veiculação periódica, que valorize maciçamente as produções musicais do Estado;

-elaborar um calendário de apresentações musicais semanais em espaços/eventos públicos tradicionais, em Campo Grande e no interior do Estado;

-fomentar a apresentação de artistas regionais nas cidades, escolas públicas e universidades do Estado;

-investir na adequação e/ou criação de mais espaços para shows musicais;

-propiciar o oferecimento de cursos de aperfeiçoamento para os profissionais de música;

-incentivar a criação de conservatórios e escolas de música nas cidades do interior;
-viabilizar o ensino da música nas escolas públicas, comunidades carentes, áreas rurais e assentamentos;

-incentivar a pesquisa e documentação histórica para o resgate e a memória da música do Estado;

-promover eventos para informação e formação de platéia;

-promover eventos que garantam o aperfeiçoamento e a atualização dos profissionais da área;

-fomentar o intercâmbio nacional e internacional através de eventos como festivais e semanas de música;

-promover e incentivar a apresentação de orquestras e corais em espaços públicos;

-promover e incentivar a formação de orquestras no interior do Estado.







Diretrizes da Política Estadual de Cultura, aprovadas no I Seminário do Fórum Estadual de Cultura de MS, realizado em novembro de 2002.
DIRETRIZES PARA O PATRIMÔNIO CULTURAL

     A cultura como fator de cidadania, tal como proposto na conferência de abertura do seminário, serviu de parâmetro para o grupo pensar políticas de fomento e recuperação do patrimônio em Mato Grosso do Sul, atentas às demandas e interesses dos mais diversos segmentos étnicos e culturais do Estado.
      O princípio norteador do debate foi a questão da memória e da identidade cultural do Estado, que serviu para fundamentar uma proposta de política voltada para a recuperação e conservação das evidências históricas, dos registro arqueológicos e dos bens e manifestações culturais relativos ao processo de ocupação sócio-espacial do Estado por distintos grupos étnicos – as populações indígenas, os povos negros, os paraguaios entre outros e grupos de migrantes – bandeirantes, mineradores, vaqueiros, militares, entre outros, que, mediante seu contato, miscigenação, suas relações de troca, material e simbólica, e conflitos, contribuíram para formar a cultura de Mato Grosso do Sul.
     No decorrer das discussões verificou-se que muito do patrimônio do Estado, de sua memória e identidade, está se perdendo pela ação do tempo, do descaso e desconhecimento do governo e das comunidades. Sítios arqueológicos estão sendo depredados, práticas rituais estão se perdendo, festas religiosas rapidamente se descaracterizam, edifícios históricos vêm se degradando, sem que haja uma ação efetiva para conter tal processo.

Políticas:

- inventário do patrimônio tangível e intangível do Estado;
- investimentos em pesquisa e levantamento do patrimônio cultural;
- registro das manifestações culturais do Estado;
- resgate, restauro e revitalização do patrimônio cultural;
- conservação de bens culturais e naturais;
- fomento à práticas culturais da região;
- incremento de publicações relativas à memória e ao patrimônio cultural do Estado;
- criação e melhoria de museus;
- instrumentalização de bibliotecas, atualização e conservação de acervos;
- atualização permanente de registros do patrimônio imaterial.

Ações:

- ampliar os mecanismos de participação e controle da sociedade civil na elaboração e realização de projetos e políticas de patrimônio do Estado (seja através da criação de um conselho de patrimônio cultural, da implementação de câmaras técnicas nos conselhos e fóruns existentes, além de outras instâncias);
- promover a parceria do Estado com os municípios visando implementar suporte técnico, capacitação de pessoal e, quando necessário, a coordenação de projetos;
- incentivar a recuperação de bens e o resgate de manifestações culturais de importância específica para as comunidades que as compartilham, bem como, de aspectos do patrimônio cultural que resultem em alternativas de renda para essas populações;
- rever, a partir de debate com a sociedade, a legislação estadual de preservação do patrimônio (que inclui a questão do tombamento) e criar mecanismos para o registro, fomento e difusão do patrimônio imaterial;
- implementar programas que orientem a criação, a instrumentalização, o provimento técnico e as formas de uso de museus voltados para a memória e o patrimônio cultural do Estado;
- implementar as políticas de patrimônio culturais pautando-se na proposta de divisão do Estado em micro-regiões socioculturais e naturais.

Diretrizes da Política Estadual de Cultura, aprovadas no I Seminário do Fórum Estadual de Cultura de MS, realizado em novembro de 2002.
DIRETRIZES PARA A LITERATURA

A literatura, enquanto reinvenção do mundo, tem ocupado um espaço relativamente tímido em Mato Grosso do Sul. Com freqüência as publicações literárias estão atreladas aos jornais de circulação restrita às academias ou, semanalmente, nos jornais de circulação estadual. Os livros de poemas, crônicas, contos e romances são geralmente publicados pelos próprios autores.

A implementação de uma política para a literatura em Mato Grosso do Sul deverá ser pensada necessariamente sobre três eixos: o do autor, o do contexto de produção e o do contexto de recepção.

Políticas:

- incentivo à formação, qualificação e requalificação de autores;

- fomento à criação de conselhos editoriais;

- difusão de obras da literatura sul-mato-grossense;

- recuperação e/ou criação de bibliotecas em todas as cidades do Estado;

Ações:

- estimular a apresentação de projetos que incentivem a prática da leitura de autores sul-mato-grossenses nas escolas;

- divulgar as obras dos escritores do Estado;

- fomentar o oferecimento de cursos e oficinas de produção literária;

- criar bibliotecas comunitárias com acervo de literatura nacional e regional;

- atualizar acervos das bibliotecas já existentes, inclusive com publicações regionais;

- informatizar as bibliotecas estaduais;

- incentivar a realização de encontros de escritores;

- incentivar a reedição de obras de autores sul-mato-grossenses;

- estimular projetos de aquisição e distribuição de livros de autores regionais em locais turísticos e de grande circulação.










Diretrizes da Política Estadual de Cultura, aprovadas no I Seminário do Fórum Estadual de Cultura de MS, realizado em novembro de 2002.
DIRETRIZES PARA O CINEMA, VÍDEO E MULTIMÍDIA

Cinema, vídeo e multimídia são linguagens que necessitam de uma formação e de um suporte tecnológicos específicos o que implica no estabelecimento de políticas integradas de diversas áreas como, por exemplo, ciência ou tecnologia. O constante aperfeiçoamento tecnológico de seu instrumental demanda a atualização imediata das informações e a competência do profissional para sua utilização.

Por outro lado, além do domínio de uma linguagem, é necessária também a capacidade de criar produtos culturais atrativos e inventivos.

Acreditamos que a cultura deva ser tratada como exercício de democracia e desenvolvimento social, promotora de benefícios mercadológicos e geradora de renda, sendo regulada por meio da ética e da sensibilidade.

Políticas:

- criação de políticas cooperativas para a formação de subgrupos nas diversas áreas da cultura;
- criação de mecanismos de investimentos à produção audiovisual;
- investimento na formação do profissional;
- valorização da identidade cultural local;
- prioridade para projetos que possuam caráter sócio-cultural;
- estímulo a projetos de audiovisuais que envolvam comunidades carentes;
- incentivo a projetos que atendam à demanda de mercado;
- fomento a projetos contínuos para a formação de platéias;
- criação do Conselho Estadual de Comunicação;
- recuperação do acervo audiovisual do Estado;
- aquisição e difusão do produto audiovisual regional pela TVE.

Ações:

- Incentivar a criação de cooperativas de cinema e vídeo;
- estimular projetos voltados para a cultura regional;
- fomentar o intercâmbio com profissionais de outros estados brasileiros;
- incentivar a promoção de cursos de aperfeiçoamento dos profissionais da área;
- promover a atualização de técnicos e profissionais da área;
- estimular a integração efetiva com os países latino-americanos por meio da  participação em festivais, mostras, debates e outros;
- promover a edição contínua de festivais de cinema e vídeo;
- promover seminários de audiovisual;
- fortalecer a estrutura do Museu da Imagem e do Som, investindo e atualizando seu acervo;
- incentivar a produção audiovisual que promova o resgate da memória do Estado;
- fomentar o oferecimento de oficinas técnicas para roteiristas;
- estimular a participação de 90%de profissionais do Estado nas produções realizadas em Mato Grosso do Sul.



Diretrizes da Política Estadual de Cultura, aprovadas no I Seminário do Fórum Estadual de Cultura de MS, realizado em novembro de 2002.
DIRETRIZES PARA O FOLCLORE E MANIFESTAÇÕES POPULARES

Há questão de 10, 20 anos atrás, pensava-se que Mato Grosso do Sul não possuía um Folclore próprio, uma tradição. Atualmente sabe-se que por ser favorecido geograficamente Mato Grosso do Sul é riquíssimo em Cultura Popular, pois sofre influência direta dos Estados e Países com os quais faz divisa.

O que propomos para os próximos 10 anos em MS, é que seja criada uma política de cultura onde a grandeza das manifestações populares, que são nossas verdadeiras raízes, seja preservada, resgatada e valorizada, despertando a auto-estima, o orgulho e o patriotismo de nossa gente e de nosso Estado.

Considerando que o quadro atual do movimento de Cultura Popular resume-se em ações isoladas e tentativas de preservação sem planejamento sistematizado, propomos ações efetivas para divulgar essas manifestações folclóricas, resgatando-as e preservando-as.

Políticas:

- mapeamento das manifestações folclóricas do Estado de Mato Grosso do Sul;

- preservação e divulgação do Folclore;

- capacitação de pessoal para recolher as manifestações;

- incentivo à edição e divulgação de material sobre a cultura popular regional;

- inclusão das festas populares na agenda cultural do Estado.

Ações:

- estimular a criação de Núcleos Municipais de Folclore;

- incentivar a criação de banco de dados sobre cultura popular regional;

- fomentar a inclusão da disciplina folclore no currículo das escolas estaduais;

- fomentar a edição de material recolhido pelos núcleos municipais em forma de livros, vídeos, CDs, etc., distribuindo para bibliotecas e escolas públicas do estado e do país;

- incentivar a criação de grupos para-folclóricos em espaços turísticos;


- elaborar Plano de Mídia que contemple as manifestações populares, como reforço à identidade cultural e aos valores regionais do povo sul-mato-grossense.

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